Festas e Religiosidade
por Marcos Felinto
Na segunda edição de Ìretí:
formação em cultura negra para professores, notei uma grande maturação dentro
do grupo de formadores, que puderam aprimorar suas pesquisas anteriores e traze-las
novamente para o âmbito das sociabilizações, com foco e segurança, não sei
ainda se falo mais por mim, sei que esta foi a sinalização dada por minha
percepção. Os módulos foram coesos e bem integrados, de modo que
compuseram um panorama novo dentro do circuitos de formações para educadores,
novo não apenas por sua temática, mas principalmente pelas abordagens
propostas.
Me aventurei
mais uma vez no sentido de re-pensar festas e ritos afro brasileiros, desta fez
criando pequenas situações de troca vibracional, afinal ai está um dos muitos
motes para se festejar. Cantamos e tocamos sons do Rosário, sons de Benedito e
pensamos e lembramos a partir de nossos corpos o significado dos ritos, das
irmandades e das relações transpessoais, movidas por forças que paradoxalmente
dependem e independem de nós.
Pesquisamos em
conjunto o corpo, como suporte primeiro para a expressão, manutenção e criação
de heranças afro descendentes; as palmas, a dança e o canto coral (voz) nos
vieram como fundantes de uma cosmovisão impossível de ser conhecida fora do
campo da vivencia.
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